É tradicional em muitas culturas, incluindo as ocidentais, praticar celibato
É tradicional em muitas culturas, incluindo as ocidentais, praticar celibatotendo como meta o crescimento espiritual. Isso também é verdade para as centenas de escolas de Yoga que reconhecem a energia sexual como uma força espiritual e buscam conservar essa energia para o caminho espirtual.
Mas, convenhamos, o celibato, principalmente hoje em dia, não é um popular motivador espiritual, limita muito a busca de uma forma elevada de consciência, e consequentemente, se todos seguissem esse caminho, o número de pessoas que conseguiriam efetivamente realizar uma viagem espiritual, diminuiria rapidamente.
Atualmente, muitos de nós, pessoas comuns, aspiramos o crescimento espiritual. Mas, desejamos fazer com um(a) companheiro(a). O Yoga Tântrico era o caminho que os casais escolhiam, há milhares de anos, para solucionar esse dilema, visto que a filosofia tântrica permite que os homens e as mulheres tenham um(a) companheiro(a), que desfrutem o sexo e experimentem satisfação espiritual simultaneamente.
Como isso é possível?
Como podem coexistir a espiritualidade e a sexualidade; uma sublime e a outra inferior? Como resposta, olhamos para dentro. O corpo sutil do Tantra e os centros de energia ascendentes, começando pelo mais inferior até a zona cósmica.
O primeiro Chakra, enrolado como uma mola, na base da coluna, reside o que o Tantra chama de Kundalini Shakti. Seu significado literal é “energia feminina enrolada”, mas existe igualmente em homens e mulheres e poderia também ser chamado de “energia criativa” ou “energia vital“. Esta energia existe dentro e fora de nós, o que quer dizer que temos dentro de nós aquilo que buscamos: conexão espiritual, a Realidade superior pela quel lutamos, que somente precisa despertar para realizar-se.
Quando a Kundaliní é estimulada
Quando a Kundaliní é estimulada, começa a desenrolar-se, liberando sua energia pelo corpo. Essa energia ascende pela coluna até o segundo Chakra, o terceiro, o quarto e assim por diante. E quando sobe, sua carga, quase elétrica, proporciona e recebe energia dos sete centros do corpo, despertando a consciência até o Chakra superior (coronário), até alcançar sua meta: Unidade, êxtase espiritual, chamado de Ananda em Sânscrito. Os textos tântricos asseguram que está ao alcance de todos, que é um direito de nascimento.
Porém, alcançar a meta tântrica pode custar toda uma vida de dedicação e estudo. Ainda que não seja esse o propósito de nosso curso, é bom frisar que tem que se ter em conta a possibilidade de alcançar a meta e trabalhar por ela pode melhorar todos os aspectos da vida.
Nos nossos cursos, incentivamos os casais a serem conscientes dessa meta tântrica ao buscar a unidade em sua relação. Se a sua prática de amor consciente te leva a desejar mais informação sobre o Tantra, sugerimos que leia a bibliografia indicada dentro do curso e complemente seus estudos com nossos outros cursos.
Antes de deixar o que dissemos brevemente sobre a Kundaliní, devemos deixar claro que essa energia se manifesta em graus distintos em cada pessoa. Pode mover-se mas não se desenrolar, pode ser estimulada mas não empurrada com força suficiente para chegar aos Chakras mais altos. O despertar prematuro ou forçado da Kundaliní pode ser perigoso. As técnicas que ensinamos no nosso curso dependem do grau do aluno, podendo ser mais intensas naqueles que tenham uma disciplina de Sadhana, alimentação, exercício físico e purificação das nadís e consequentemente inócuas e suaves naqueles que não estão preparados fisicamente para essa energia.
Muito interessante.
Gostei muito.