Toda profissão tem seus prós e contras. Suas dificuldades, suas belezas e seu alinhamento ou não com nosso propósito de vida.
Então para você que em algum momento já pensou em se tornar terapeuta tântrica aqui vão algumas das questões que temos de lidar dentro dessa profissão.
Em 2012 me formei em engenharia mecânica na UFMG. Aquela profissão estava “ok” para a maior parte da minha família. Mas não parecia, na época, fazer muito sentido pra mim.
Naquela mesma época encontrei o Tantra e mergulhei de cabeça. Comecei tudo do zero. Me coloque em uma imersão profunda nesse universo e me deliciei com as descobertas que fiz em 2anos de imersão profunda, vivendo na comunna metamorfose.
Meus laços sociais foram totalmente renovados. Meu dia a dia era totalmente ligado a egrégora tântrica. Ali eu me sentia acolhido, aceito, compreendido dentro de minha profissão.
Mas em 2015 resolvi sair do alto da montanha e voltar para o mundo real. Firmei com minha atual esposa e abrimos nosso espaço terapêutico em Campo Grande MS.
Mesmo estando numa cidade nova, sentíamos alguns olhares.
Tínhamos receio de sermos mal recebidos em alguns espaços, receio de dizer para os pais dos amigos de nossos filhos o que fazíamos. Medo de expor nossos filhos sempre foi nossa maior preocupação.
Dentro do trabalho tínhamos, muitas vezes que lidar com pessoas que não compreendem bem o que fazemos e precisávamos dar algum tipo de “corte terapêutico” na pessoa.
Um limite mesmo.
Mas nada sério. Nunca sofremos nenhum tipo de violência, seja verbal ou sexual em função do nosso trabalho.
A terapia tântrica tem dois principais desafios hoje, no meu ponto de vista.
O primeiro deles é o mais óbvio. É o fato de rompermos uma barreira social. A barreira do preconceito, do tabu de se trabalhar tão diretamente com a sexualidade.
O outro é relacionado a ciência e ao desenvolvimento da profissão.
Ainda somos vistos por alguns outros profissionais como amadores, sem formação.
Afinal não há ainda uma massa crítica de pesquisadores da sexualidade robusta dentro da comunidade científica.
Ou seja, esse trabalho, da terapia tântrica, é um trabalho de vanguarda. É um trabalho que ainda está sendo desenvolvido. Que ainda não se estabeleceu claramente entre os profissionais da terapia.
E é um trabalho que está em constante transformação e evolução. Principalmente na medida em que evolui as pesquisas científicas relacionadas à sexualidade, à meditação e às terapia holísticas de maneira geral.
Como tudo que é novo, a terapia tântrica ainda sofre resistência. Os profissionais precisam se esforçar enormemente para transmitir “credibilidade” e não serem confundidos com charlatões.
Portanto, se você está pensando em tornar -se terapeuta tântrica(o). Entenda, esse é um campo de atuação que ainda vai crescer muito, que há uma demanda GIGANTESCA. Afinal nossa sociedade, de maneira geral está muito desconectada do próprio corpo e sofre de inúmeras patologias sexuais.
Eu acredito que o futuro será auspicioso para aqueles profissionais que cuidam de outras pessoas. Que usam sua humanidade para trazer mais bem estar e saúde para os outros.
Mas entenda. Esse ainda é um trabalho que está em seus estágios iniciais. E mesmo com tanto potencial de atuação, ainda sofre por ser algo tão novo.
E não se esqueça. É preciso muito estudo e muita prática. É preciso ir fundo no próprio desenvolvimento só mesmo tempo que é preciso estar em constante atualização. A ciência está evoluindo e novas percepções e compreensões sobre a sexualidade humana aparecem diariamente.
Te desejo muita sorte, muita coragem e muito amor nessa jornada. Namastê!