Orgasmo terapêutico? Fala sério!
Muita gente desconfia quando se fala em “orgasmo terapêutico”. Pois existe uma neblina moral que não nos deixa ver a importância desse tipo de trabalho.
O orgasmo tem a ver com autenticidade, com ser honesto consigo mesmo, ser livre de dogmas limitantes.
Uma terapia que objetiva a cura através da plena satisfação orgástica pode ser muitas vezes moralmente mal interpretada. Mas aqueles que se tornam sexualmente plenos e desenvolvem seu potencial orgástico estão muito mais preparados para viver de forma harmônica e integrados a sociedade de maneira positiva e produtiva.
Um ser sexualmente pleno está livre de couraças emocionais limitantes. Porque está mais próximo de um comportamento natural, espontâneo. Está integrado, não separado.
Portanto um trabalho sério que desperte o potencial orgástico do ser está em comunhão com uma sociedade mais justa, amorosa e em sintonia com os corações daqueles que a compõem.
O orgasmo terapêutico na medicina
Ainda na década de vinte do século XX já havia médicos que tratavam histeria com “orgasmo sem sexo”. Os médicos faziam massagens terapêuticas até que as pacientes atingissem o orgasmo. Foi aí que inventou-se o vibrador.
Existe um filme muito interessante, chamado “histeria” e que relata bem essa estória. Essas técnicas de tratamento foram, infelizmente, já a algum tempo, sucumbidas por uma moral hipócrita e repressora.
Nossa sexualidade precisa ser curada
Não é segredo que a sexualidade, na nossa sociedade, está ligada a inúmeras patologias e entraves emocionais. Por isso a sexualidade dos nossos dias vem carregada de memórias e experiências neuróticas e compulsivas.
Sustentada por expectativas de desempenho, padrões de beleza irreais, abusos traumáticos.
Por isso, dentro desse contexto, o orgasmo sem sexo, conduzido por um(a) terapeuta experiente, que zela pela saúde emocional das pessoas que atende, traz inúmeras vantagens e resultados benéficos. Porque o toque feito com consciência e cuidado resgata a dignidade e amor próprio de quem recebe. Também ressignifica memórias corporais que antes eram associadas a dor e a experiências traumáticas.
O orgasmo pode nos levar ainda muito além
O orgasmo terapêutico traz ainda uma nova forma de compreender o próprio corpo, de experimentar sensações que nunca foram experimentadas. É uma oportunidade de se libertar de amarras e limitações relacionadas a sexualidade.
Alguns estudos ligados a neurociência já demonstraram que a experiência orgástica é extremamente benéfica para o cérebro humano e muito semelhante à experiência de meditação profunda. Ela ativa as mesmas regiões do cérebro e promovem uma sensação de “perda de fronteira”. O indivíduo tem uma experiência de expansão dos próprios limites corporais e de maior conexão com a vida.
O momento do orgasmo é um momento de “morte” do EGO. Na experiência orgástica feita de forma terapêutica não há papeis a serem sustentados. Quem recebe tem a permissão de ir fundo nas próprias sensações e emoções.
A pessoa está 100% presente e vive as sensações corporais com totalidade. Essa desconexão com o próprio corpo, tão comum nos dias de hoje, cria indivíduos que não conhecem a si próprios, que vivem alienados do próprio corpo, com pouquíssima consciência de si mesmos.
A terapia orgástica é, acima de tudo, um trabalho de reeducação sensorial, no qual trabalhamos estímulos variados por todo o corpo com o objetivo de aprimorar a percepção corporal e a percepção dos sentidos.
Como é o processo de uma sessão de orgasmoterapia?
Ao longo de 1:30h de sessão de terapia e massagem tântrica damos tempo para que o corpo produza os hormônios necessários para um orgasmo de qualidade superior.
Então atingimos um platô energético sustentado e isso ressignifica profundamente a forma de sentir e perceber o próprio corpo.
Muitos hormônios são liberados: ocitocina, endorfina, serotonina. Estes são hormônios muito benéficos e que estão ligados ao bem estar e a saúde endócrina.
E o melhor, tudo isso sem sexo, sem peso emocional e sem tramas a serem sustentadas. É uma relação simples, honesta e terapêutica.
Achei super interessante.
Que bom que gostou, Karla. Obrigado pelo carinho.